JARAGUÁ DO SUL - SC, 20 DE AGOSTO DE 2024.
INFORMATIVO BANCÁRIO Nº (110499)08-24
CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS 2024 – EM RODADA DE NEGOCIAÇÃO FENABAN TRAZ PROPOSTA OFENSIVA PARA DIVIDIR A CATEGORIA.
A Federação dos Bancários de Santa Catarina participou da Rodada de Negociação com a FENABAN no dia 20/08/24, através de seu Presidente, Armando Machado Filho, juntamente com a Comissão de negociação da CONTEC. A reunião com os Bancos teve início na manhã de hoje (20), com a entrega da Pauta pela FENABAN, com as redações para as renovações das CCTs, porém, sem indicar a porcentagem de reajuste salarial e valores, inclusive aqueles relativos a PLR.
A CONTEC iniciou as discussões das pautas solicitando a implementação do 13º Vale-refeição. Essa proposta visa garantir um crédito adicional de Vale-refeição no final do ano, semelhante ao 13º salário. Essa medida seria um benefício significativo para os Trabalhadores, proporcionando um alívio financeiro extra para as despesas de fim de ano.
A FENABAN (Federação Nacional dos Bancos) considera o Vale-refeição um benefício extra, ou seja, não é obrigatório por Lei, mas sim um adicional oferecido pelas empresas.
A FENABAN também alega que a Receita Federal pode influenciar o valor do Vale-refeição, especialmente em relação a deduções fiscais e outros aspectos tributários e propõe que, caso haja uma cobrança da Receita Federal sobre o Vale, que esse valor seja descontado do Empregado.
A CONTEC reafirma que o Vale-refeição está previsto no contrato de trabalho ou na convenção coletiva, pois é um benefício garantido e deve ser mantido durante as férias e não aceitou a proposta da FENABAN para o desconto dos Funcionários.
Sobre o Vale alimentação, a FENABAN propôs que o Auxílio-alimentação seja interrompido após 180 dias de afastamento do trabalho. Os negociadores dos Trabalhadores informaram à FENABAN, que essa medida irá impactar Trabalhadores que estão afastados por longos períodos devido a Doenças ou Acidentes, pois deixariam de receber esse benefício após seis meses.
A FENABAN também propôs uma carência para a concessão de benefícios a Funcionários reintegrados. Isso significa que, após a reintegração, os Funcionários podem ter que esperar um período específico antes de voltarem a receber certos benefícios, como Auxílio-alimentação e Vale-refeição.
A CONTEC reafirma que essa proposta trará prejuízos significativos os Trabalhadores que retornam ao trabalho após um afastamento, muitas vezes causado por doenças ocupacionais como LER e doenças emocionais como depressão, ansiedade e síndrome de Burnout.
Ainda durante a reunião de hoje, a FENABAN propôs ajustes na Legislação para o complemento de Aposentadoria, incluindo a implementação de um prazo de validade e um período de carência para esses benefícios, alegando que o INSS implementou mudanças no processo de Concessão do Auxílio-Doença, sendo possível solicitar o benefício sem a necessidade de passar por uma perícia médica presencial. Isso significa que os Trabalhadores podem ter que esperar um certo tempo antes de começar a receber o complemento de aposentadoria e que esse benefício pode ter uma duração limitada. Referente a esse assunto, a CONTEC pediu uma discussão mais aprofundada no assunto.
A Mesa de Negociação da CONTEC pede o Reajuste na PLR, a FENABAN argumentou que os Bancos enfrentam desafios financeiros em 2024, mencionando aumento da concorrência e riscos no setor e informando que os Bancos já pagam PLR superior a outros setores. No entanto, os Representantes dos Empregados, contestaram essa visão, destacando que o setor Bancário continua sendo um dos mais lucrativos da economia Brasileira. A FENABAN manteve a sua posição de não oferecer o Reajuste e o Aumento no cálculo da PLR.
A reunião foi interrompida no fim da manhã e retornou às 14h com a discussão mais aprofundada sobre as Cláusulas Econômicas.
A segunda Rodada de Negociação desta terça-feira (20), iniciou às 16:30h com a proposta trazida pela FENABAN, referente as reivindicações dos Representantes dos Bancários nas Mesas de Negociações para as Cláusulas Econômicas. A FENABAN mencionou a pressão competitiva dos Bancos Digitais, alegou que os grandes Bancos não irão mais sobreviver com a concorrência das Cooperativas de Crédito e as Fintechs, que geralmente operam com uma estrutura de custos mais baixa do que os grandes Bancos tradicionais. A FENABAN destacou a necessidade de garantir a sustentabilidade dos negócios como um dos principais argumentos dessa Rodada de Negociação. Eles alegam que a pressão competitiva dos Bancos Digitais e Fintechs, exige uma gestão cuidadosa dos custos operacionais e que o cenário do sistema financeiro mudou e que ambos os lados precisam se adaptar a essas mudanças e trouxe à mesa a proposta de segmentar os Bancos, para assim, também segmentar as verbas e reajustes.
Os Negociadores da CONTEC defendem que os grandes Bancos continuam a ter lucros significativos e, portanto, têm capacidade de atender às Reivindicações Salariais da Categoria e expressaram forte oposição, impugnando a proposta de segmentação da FENABAN.
“Essa proposta desrespeitosa é inaceitável e traz prejuízo e desigualdade entre os Trabalhadores, e não reconhece de forma justa o esforço Coletivo da Categoria que está na linha de frente enriquecendo os Banqueiros. Além disso, os Bancários, independentemente do segmento, enfrentam desafios semelhantes, como a pressão por metas e a necessidade de adaptação às novas tecnologias”, argumentou o Presidente da FEEBSC, Armando Machado Filho à FENABAN, durante a Rodada de Negociação.
Os Negociadores da CONTEC rechaçaram a proposta de setorizar os Bancários e defenderam de forma intensa um reajuste uniforme, que contemple a reposição da inflação e um aumento real para todos os Trabalhadores.
Lembrando que em 2023, os Cinco maiores Bancos do Brasil – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Santander Brasil – tiveram um Lucro combinado de R$ 107,5 bilhões. Esse resultado representa um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior.
Na terceira etapa da rodada de reunião de hoje ( 20), às 18:00h a FENABAN apresentou uma proposta que utiliza o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) como base para fracionar os reajustes salariais e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) entre os Bancos, visando diferenciar os reajustes de acordo com a rentabilidade de cada instituição financeira, segmentando os Bancos em pequeno, médio e grande porte.
A Comissão de Negociação da CONTEC argumentou que o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) é uma métrica complexa que envolve várias variáveis financeiras, o que tornaria difícil para os Funcionários acompanharem todos os detalhes que influenciariam essa métrica e que seria difícil controlar e entender como essas variáveis impactariam os reajustes salariais e a PLR.
Os Representantes dos Trabalhadores reafirmaram junto a FENABAN, que não aceitarão propostas segmentadas e solicitaram aos Bancos para que tragam uma proposta justa e Global para a Categoria Bancária na Rodada de Negociação de amanhã 21/08/24, que está agendada para às 10:30h, na Sede da FENABAN.
FONTE: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEEB SC.
O SEEB JGS E REGIÃO SC, POSSUI ATENDIMENTO JURÍDICO AOS BANCÁRIOS E SEUS DEPENDENTES.
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