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JARAGUÁ DO SUL - SC, 15 DE JULHO DE 2024.

 INFORMATIVO BANCÁRIO Nº (110481)07-24 

FINANCEIRAS PROTELAM E NÃO APRESENTAM PROPOSTA PARA COMBATER DESIGUALDADES NO SETOR.

Representantes dos Financiários e a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI) se reuniram nesta sexta-feira 12/07/24 em mais uma Mesa de Negociação no âmbito da Campanha Nacional dos Financiários 2024. O tema da Mesa foi Igualdade de Oportunidades e os Representantes dos Trabalhadores cobraram ações para tornar o setor menos desigual. 

Os Dirigentes Sindicais apresentaram levantamento com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2022 (último dado disponível), e que comprova a desigualdade entre homens e mulheres e brancos e negros no setor Financiário. 

POUCOS NEGROS NO SETOR: Enquanto no Brasil os negros (a soma de pretos e pardos) representam 55,5% da população, no setor Financiário eles são apenas 22,06%. Além de estarem subrepresentados, a remuneração média mensal dos Financiários negros corresponde a 69,7% da remuneração média mensal dos Financiários brancos, portanto, uma defasagem de 30%. 

DESIGUALDADE DE GÊNERO: Além de desigualdade de raça, o setor Financiário também apresenta desigualdade de gênero. As mulheres são a maioria no setor: 52% da Categoria, mas seus salários correspondem, em média, apenas 57,29% da remuneração mensal média paga aos homens. Ou seja, as Trabalhadoras de Financeiras recebem pouco mais da metade que os Empregados do sexo Masculino. 

PCDs: O levantamento apontou também que o setor tem baixíssima contratação de pessoas com deficiência (PCDs). Os PCDs compõem somente 1,93% de toda a Categoria. Esse percentual desrespeita o que determina a legislação vigente, que define cota de contratação maior para este segmento. Segundo a lei, empresas com 100 ou mais empregados devem ter de 2% a 5% de seus cargos preenchidos por PCDs. 

Após a apresentação dessas informações aos Representantes da ACREFI, o Coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários Jair Alves, ressaltou o dever de o setor Financiário corrigir as distorções, a partir da contratação de mais negros e negras e do cumprimento da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, bem como a maior contratação de PCDs e pessoas LGBTQIA+. 

“Nós cobramos uma proposta efetiva sobre todos esses pontos, porque igualdade de oportunidades e igualdade salarial são fundamentais e devem ser respeitadas pelas empresas do setor”, disse Jair. 

Para Lucimara Malaquias, Secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região, o quadro de desigualdades do setor Financiários é inadmissível. “Não há mais tolerância na sociedade para desigualdades dessa proporção. O mundo evoluiu e as financeiras precisam acompanhar essa mudança, comprometendo-se com a construção de um ambiente de trabalho inclusivo, diverso e equilibrado.” 

“Queremos propostas para essas reivindicações, que são muito importantes para a Categoria. Lembrando que na consulta nacional aos Financiários, a igualdade de oportunidades ficou em segundo lugar em grau de importância para a Categoria. Estamos muito atentos às empresas que não cumprem o que propagandeiam”, completou Lucimara. 

A próxima Mesa de Negociação da Campanha dos Financiários será no dia 16 de julho de 2024, sobre Saúde e Condições de Trabalho.

  

FONTE: FEEB PR.

  

O SEEB JGS E REGIÃO SC, POSSUI ATENDIMENTO JURÍDICO AOS BANCÁRIOS E SEUS DEPENDENTES. 

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