JARAGUÁ DO SUL - SC, 12 DE NOVEMBRO DE 2020.

 INFORMATIVO BANCÁRIO Nº (10901)11-20

 BRADESCO DARÁ CONTINUIDADE À CONVERSÃO DE AGÊNCIAS EM UNIDADES DE NEGÓCIOS EM 2021.

O Bradesco dará continuidade, em 2021, ao processo de conversão de agências em unidades de negócios. Presidente do Banco destacou ainda que os canais digitais já representam 98% das transações realizadas pelos clientes da instituição, número que aumentou durante a pandemia.

Porém, esse movimento provavelmente se dará num ritmo inferior ao deste ano, afirmou o Presidente do Banco, Octavio de Lazari Jr., em evento virtual com investidores. “Em 2021, ainda teremos um bom número de conversões, embora ele deva ser menor”, disse o executivo, lembrando que as unidades de negócios têm custo de 30% a 40% inferior ao das agências por não terem caixa. Segundo o Diretor-executivo e de relações com investidores do Banco, Leandro Miranda, o Bradesco já converteu mais de 500 das 700 agências que pretende transformar, neste ano, em unidades de negócios.

No novo modelo de atendimento físico vislumbrado pelo Banco, a rede de correspondentes bancários Bradesco Expresso deve ganhar relevância. A instituição financeira tem 41 mil pontos de atendimento em parceria com lojistas, que prestam diversos serviços. De acordo com Lazari, esse canal é hoje responsável por 30% das aberturas de contas e, neste ano, originou R$ 15 bilhões em crédito. A estrutura também será usada pelo Bitz, carteira digital do Bradesco. Lazari destacou ainda que os canais digitais já representam 98% das transações realizadas pelos clientes do Banco, número que aumentou durante a pandemia.

Sobre as provisões constituídas para enfrentar a crise, o Presidente do Bradesco afirmou que existe a possibilidade de o Banco reverter uma parte delas. Esse cenário, entretanto, depende de uma série de fatores, como a manutenção da inadimplência em patamar baixo, a existência de uma vacina e a recuperação da economia. “Se o nosso modelo de perdas esperadas mostrarem que essas provisões são mais que suficientes, é natural que retornem”, disse. O Diretor-executivo do Banco, Leandro Miranda, acredita que o Bradesco deve retornar no próximo ano a um patamar de resultado e de custo do crédito semelhante ao observado em 2019, antes da pandemia.

De acordo com ele, os sinais de recuperação da economia e da qualidade do crédito são positivos. Como destaques, o executivo mencionou que as empresas estão pré-pagando os empréstimos tomados logo no início da crise porque a demanda por liquidez arrefeceu. Destacou também que a carteira de crédito do Bradesco com parcelas prorrogadas, que soma R$ 73,5 bilhões, só tem R$ 1,4 bilhão efetivamente em atraso.

A expectativa do Bradesco é crescer mais que a média do mercado no crédito no próximo ano. A projeção do Banco indica que o saldo de empréstimos e financiamentos do país vai avançar 8% em 2021. O Vice-presidente de varejo, Eurico Fabri, afirmou que o crescimento do Banco se dará num contexto de manutenção dos spreads nas diversas linhas de produtos. “Vemos uma mudança de mix entre produtos, mas não uma redução de spread dentro dos produtos”, disse.

A instituição financeira também trabalha com a perspectiva de redução nominal das despesas operacionais, embalada por um programa de racionalização das agências, enquanto as receitas de serviços devem crescer a despeito da pressão em algumas linhas ocasionada por mudanças como o Pix. Lazari afirmou que não daria um “guidance”, mas, questionado sobre o que esperar para o retorno do Banco, disse: “A expectativa para 2021 é boa em termos de pensar como foi 2019, um ano de realização”.

FONTE: VALOR ECONÔMICO.

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